Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

terça-feira, 24 de maio de 2016

A CARA DOS NOVOS ESTUDANTES

Duas notícias me chamaram a atenção nos últimos dias relacionadas as ocupações de estudantes no Rio de Janeiro e em São Paulo: na primeira, alunos paulistas expulsaram os ocupantes para que as aulas voltassem a acontecer. Na segunda, uma escola privada da Baixada Fluminense abriu suas portas para alunos oriundos da rede pública prejudicados pela greve dos professores (nos links http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/05/estudantes-expulsam-alunos-de-ocupacao-e-retomam-etec-de-sp.html e http://extra.globo.com/noticias/rio/escola-particular-na-baixada-oferece-vagas-para-alunos-do-estado-que-estao-sem-aula-19308134.html).

O que chamou a minha atenção foi justamente o fato de que nos dois casos os alunos, uma parte considerável deles, foi contra não só ao discurso como também as ocupações em si. Eles queriam aulas, sabem da importância da educação como meio de melhoria de suas realidades. São jovens que não se vitimizam e não compram mais a narrativa dos coletivismos.

Isso é um fato de grande valor para aqueles que batalham para desconstruir a narrativa esquerdista. São jovens que cresceram na era PT e percebem que o discurso de professores e até seus pais não bate mais com a realidade. Eles não se sentem representados por docentes grevistas que dizem lutar por eles. São alunos que querem aulas, querem professores que ensinem de forma honesta, sem esconder a realidade.

E é reflexo desses nossos tempos. Por trabalhar com jovens se preparando para o ENEM, ouço seus relatos, suas críticas com relação aos discursos de professores de esquerda e, devido ao meu posicionamento, aumenta o número dos que buscam algo além de slogans.


Evidentemente, ainda vulneráveis a esse tipo de pressão ideológica, entrarão na faculdade e se depararão com uma militância muito mais voraz, porém, um trabalho bem feito com eles os protegerão de professores mal-intencionados e mostra como há uma nova geração ávida por novas ideias.

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